21/10/2024
A fobia do escuro, conhecida como nictofobia, é um desafio para muitas crianças, causando grande desconforto e ansiedade em situações de pouca luz. Embora seja comum que os pequenos sintam medo do escuro durante algumas fases da infância, a nictofobia se diferencia por ser uma reação desproporcional e persistente, que pode interferir significativamente na rotina e no bem-estar. Identificar esse problema e buscar maneiras de ajudar a criança é fundamental para garantir uma experiência mais tranquila e segura durante o processo de superação.
Para muitas crianças, o medo do escuro é uma parte natural do desenvolvimento, surgindo geralmente por volta dos três anos e desaparecendo à medida que elas crescem e se sentem mais seguras em diferentes ambientes. No entanto, quando o medo se torna mais intenso e traz sintomas como suor, palpitações e dificuldade para respirar, pode ser um sinal de que a criança está enfrentando uma fobia. Nessas situações, é essencial que os pais estejam atentos às reações dos filhos e ofereçam o suporte necessário.
A criação de um ambiente seguro é um dos primeiros passos para ajudar a criança a lidar com a nictofobia. Luciano Ferreira Maia, diretor educacional do Colégio Londrinense, de Londrina (PR), aponta que “a paciência dos pais é fundamental para criar um ambiente de acolhimento e segurança, onde a criança possa expressar seus medos sem receio”. Uma forma de começar esse processo é deixar uma luz noturna acesa, permitindo que a transição entre a luz e a escuridão aconteça de forma gradual e menos assustadora.
Além disso, é importante conversar com a criança sobre seus sentimentos e medos. Explicar que o escuro não altera o que está à sua volta pode ser útil para desmistificar a ideia de que há algo perigoso escondido na escuridão. Participar de pequenas atividades em ambientes menos iluminados, como ler um livro com um abajur, pode contribuir para a redução do medo. Esse tipo de abordagem, que envolve a criança em um processo de descoberta segura, tende a gerar mais confiança e a diminuir a ansiedade associada ao escuro.
Nos casos em que a fobia se mostra persistente e interfere na qualidade do sono e nas atividades diárias, buscar o apoio de um profissional pode ser uma alternativa valiosa. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz para reestruturar pensamentos e comportamentos relacionados ao medo, ajudando a criança a desenvolver novas formas de enfrentar a escuridão. Luciano Ferreira Maia também ressalta que “o apoio emocional dos pais e a orientação adequada são essenciais para que a criança consiga superar esse desafio”.
A fobia do escuro pode ser um desafio significativo para a criança e para a família, mas a compreensão dos pais, aliada a uma abordagem gradual e respeitosa, ajuda a criança a enfrentar seus medos e a superar a nictofobia de forma mais leve e confiante. Para saber mais sobre fobia, visite https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comportamento/noticia/2021/08/o-que-e-nictofobia-5-pontos-para-entender-o-medo-do-escuro.html e https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2013/09/seu-filho-tem-medo-do-escuro.html